Início Série9º ano Interpretação de texto: Enquanto é maio – 9º ano

Interpretação de texto: Enquanto é maio – 9º ano

por Denyse Lage Fonseca

    Atividade de interpretação de texto voltada aos alunos do nono ano. Enquanto é maio é uma crônica escrita por Elsie Lessa. Para ela, estar em maio é um privilégio! Isso porque a cidade do Rio, desesperadamente infernal, com o seu calor se transforma nesse mês! Reflita com a escritora, lendo a crônica! E, não deixe de responder às variadas questões interpretativas propostas!

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ESCOLA:                                                          DATA:

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Enquanto é maio

    Durante quatro ou cinco meses por ano, o Rio é uma cidade desesperadamente infernal, com o seu calor. E eis que de repente os termômetros se comportam e o céu azula e o ar se limpa e se purifica, o mar lava as suas ondas, as árvores pintam de luz o verde das suas folhas e tudo se adoça, dentro e fora dos seres humanos.

    E me inquieto e quisera ser ubíqua e onipresente, pois não posso sair daqui, nem um minuto, e perder o Rio, nos seus dias de maio. E Petrópolis, ali, junto, está um delírio de beleza. Teresópolis, Friburgo, Penedo, Itatiaia, São Paulo, Caraguatatuba, Parati e Vila bela hão de estar igualmente esplendorosas. E que diremos de Salvador e Recife, quem sabe se até Brasília? Pois é maio em todas elas. O que sobremaneira nos inquieta, pois já não será possível festejar o acontecimento em todas essas latitudes.

    E vos escrevo, vigiando a paisagem pelas janelas abertas, pois não sei se ficará muito tempo assim à minha espera. E tenho remorsos de ir ao cinema e teatro, pois é um privilégio assistir a tais espetáculos em maio, mas uma tristeza perder um minuto que seja de maio, do lado de fora deles.

    E é mister reunir os amigos e amar mais do que nunca os bem-amados e agradecer – ah, não voz esqueçais – aos vossos deuses, não importa quais sejam, o breve, o precário, o maravilhoso privilégio de estardes vivos e sãos e alegres, em maio.

Elsie Lessa. “A Dama da Noite”, p. 164, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1963.

 

Questões

 

Questão 1 – O texto lido é:

a) um conto

b) uma crônica

c) uma reportagem

d) um artigo de opinião

 

Questão 2 – Quem escreve o texto, o faz predominantemente na 1ª pessoa. Identifique uma passagem que comprova essa afirmação:

 R.

 

Questão 3 – No princípio do texto, a autora empregou o vocábulo “desesperadamente” para:

a) explicar o sentido do adjetivo que caracteriza a cidade do Rio.

b) criticar o sentido do adjetivo que caracteriza a cidade do Rio.

c) intensificar o sentido do adjetivo que caracteriza a cidade do Rio.

d) complementar o sentido do adjetivo que caracteriza a cidade do Rio.

 

Questão 4 – No segmento “[…] pois não sei se ficará muito tempo assim à minha espera.”, a que a escritora se refere?

a) a todas essas latitudes.

b) à paisagem pelas janelas abertas.

c) ao cinema.

d) ao teatro.

 

Questão 5 – Na parte “E tenho remorsos de ir ao cinema e teatro, pois é um privilégio assistir a tais espetáculos em maio […]”, o termo “pois” indica:

a) um fato que justifica o outro.

b) um fato que se opõe a outro.

c) um fato que se soma a outro.

d) um fato que se alterna com outro.

 

Questão 6 – Em “[…] e agradecer – ah, não voz esqueçais – aos vossos deuses […]”, a autora dialoga diretamente com o leitor para exprimir:

a) um desejo

b) um conselho

c) uma ordem

d) uma advertência

 

Questão 7 – Sublinhe os adjetivos que caracterizam, na visão da escritora, o privilégio de estar em maio:

“[…] o breve, o precário, o maravilhoso privilégio de estardes vivos e sãos e alegres, em maio.”

 

Questão 8 – Há linguagem com sentido figurado no trecho:

a) “[…] as árvores pintam de luz o verde das suas folhas […]”

b) “E me inquieto e quisera ser ubíqua e onipresente […]”

c) “E que diremos de Salvador e Recife, quem sabe se até Brasília?”

d) “E tenho remorsos de ir ao cinema e teatro […]”

 

Por Denyse Lage Fonseca – Graduada em Letras e especialista em educação a distância.

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