Atividade de interpretação de texto, voltada para os alunos do sexto ano do ensino fundamental, sobre o pintor-verdadeiro. Ele pertence à família dos Tangarás, que em tupi-guarani significa pássaro multicolorido. Apesar do nome, a ave não sabe pintar. É chamada assim por causa da variedade de cores das suas penas. Vamos saber mais a respeito desse belo pássaro? Então, leia com atenção o texto “Uma aquarela emplumada”! Em seguida, responda às variadas questões interpretativas propostas!
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Leia:
Uma aquarela emplumada
Já reparou que certas aves chamam muita atenção por sua cor ou pelo arranjo de suas penas e que em outras o forte mesmo é o canto? É que a natureza proporciona às espécies um equilíbrio. No caso das aves, é raro, por exemplo, que aquela de plumagem mais bonita tenha também o mais belo canto. Vejamos o pintor-verdadeiro: essa pequena ave, que muitos consideram estar entre as mais bonitas do mundo, tem um canto chiado e pouco atraente.
O pintor-verdadeiro pertence à família dos Tangarás, que em tupi-guarani significa pássaro multicolorido. Apesar do nome, a ave não sabe pintar. É chamada assim por causa da variedade de cores das suas penas.
As medidas dessa ave são parecidas com as do pardal, mas, ao contrário desse, que apresenta plumagem em tom discreto, o pintor-verdadeiro abusa do colorido! Nas costas, próximo à cauda, ele é amarelo. As bordas das penas das asas mais próximas ao corpo possuem a mesma cor. Esse conjunto, visto de lado, forma um triângulo amarelo, tendendo ao laranja, bem chamativo. Assim, fica fácil reconhecer a espécie. Além disso, a cabeça e o pescoço são azul-turquesa; e o restante do corpo, azul, violeta e preto. É ou não é uma aquarela emplumada?!
Só de observar as cores da espécie fica difícil afirmar se é macho ou fêmea, porque ambos se parecem muito.
Essa ave se reproduz entre outubro e março e constrói seus ninhos, geralmente, em bromélias grandes, que vivem apoiadas em galhos de árvores na floresta. A fêmea põe de três a quatro anos, que são chocados por aproximadamente duas semanas. Os filhotes, após um ano, são considerados adultos.
O pintor-verdadeiro se alimenta de sementes e frutos de embaúbas, mandacarus e outros. Vive somente na Mata Atlântica, sendo exclusivo do litoral nordestino do Brasil, entre Alagoas e Paraíba. Mas é cada vez mais raro avistar um pintor-brasileiro. Isso porque, por sua beleza, é alvo de captura e do comércio ilegal. O desmatamento da Mata Atlântica, ambiente em que se abriga, se alimenta e se reproduz, é outra ameaça à existência dessa espécie. O pior é que os cientistas ainda sabem muito pouco sobre essa pequena ave. Será que haverá tempo de estudá-la?
Thiago Felipe da Silva Laurindo e Maria Alice S. Alves.
Revista “Ciência Hoje das Crianças”. Edição 167. Disponível em: <http://capes.cienciahoje.org.br>.
Questões
Questão 1 – Em “[…] essa pequena ave, que muitos consideram estar entre as mais bonitas do mundo, tem um canto chiado e pouco atraente.”, a que ave o texto se refere?
Questão 2 – O nome “pintor-verdadeiro” deve-se:
( ) à beleza da plumagem dessa ave.
( ) ao tom discreto da plumagem dessa ave.
( ) à variedade de cores das penas dessa ave.
Questão 3 – No período “Só de observar as cores da espécie fica difícil afirmar se é macho ou fêmea, porque ambos se parecem muito.”, o fato grifado:
( ) conclui o anterior.
( ) explica o anterior.
( ) contradiz o anterior.
Questão 4 – No segmento “Essa ave se reproduz entre outubro e março e constrói seus ninhos, geralmente, em bromélias grandes […]”, o termo sublinhado indica uma circunstância de:
( ) lugar.
( ) modo.
( ) tempo.
Questão 5 – Segundo o texto, “é cada vez mais raro avistar um pintor-brasileiro”, pois ele:
( ) “se alimenta de sementes e frutos de embaúbas […]”
( ) “vive somente na Mata Atlântica […]”
( ) “é alvo de captura e do comércio ilegal.”.
Questão 6 – Na passagem “O desmatamento da Mata Atlântica, ambiente em que se abriga […]”, o sujeito do verbo é:
( ) oculto.
( ) inexistente.
( ) indeterminado.
Questão 7 – Os autores encerram o texto com um questionamento, que funciona como:
( ) um alerta.
( ) uma hipótese.
( ) uma recomendação.
Por Denyse Lage Fonseca
Graduada em Letras e especialista em educação a distância.