Atividade de interpretação de texto, voltada para os alunos do quinto ano, sobre a crônica “Pra dar no pé”. Um dia, surgiu uma notícia que não agradou a molecada. Iriam derrubar o pé de manga. E, no lugar, construir uma casa. E agora? Descubra o desenrolar dessa história, lendo o texto! Em seguida, não deixe de responder às variadas questões propostas! BNCC 5º ano: EF05LP01, EF05LP02, EF05LP03, EF05LP04, EF05LP05, EF05LP06, EF05LP07 e EF05LP08.
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ESCOLA: DATA:
PROF: TURMA:
NOME:
Leia:
Pra dar no pé
Da varanda lá de casa, eu a avistava: linda, exuberante e charmosa. Nela moravam: bem-te-vi, pintassilgo, pombo, juriti, marimbondo e formiga alpinista. […]
No meio do ano, começavam a aparecer pequenas flores naquele pé de manga. Os frutos só chegavam em meados de dezembro. As chuvas do fim de tarde, muitas vezes, aprontavam: jogavam no chão as suculentas frutas. Umas se esborrachavam feio na lama. A dona Tina, na manhã seguinte, distribuía tudo entre a vizinhança. Era bom…
Um dia, surgiu uma notícia que não agradou a molecada. Iriam derrubar o pé de manga. E, no lugar, construir uma casa. Achei um absurdo! Será? Os bichos ficariam sem lar, o ar sem oxigênio e eu sem minhas mangas! Ora, onde já se viu um negócio desses?!
Corri como foguete pra chamar a turma. Fomos pra debaixo da mangueira. Criamos grito de guerra e tudo, só pra tentar salvar a árvore. Improvisamos cartazes e fizemos o maior auê.
Logo conseguimos mais adeptos para a manifestação. A rua inteira ficou tomada de gente. Vieram tevê, rádio, jornal… Eu não parava de dar entrevistas. Fiz discurso inflamado, precisava ver, com direito a lágrimas e à voz rouca pra causar emoção. O pior foi quando me empolguei. Estava agradando tanto, que comecei a dirigir adjetivos pouco delicados à dona Tina. Ela que não deixasse cortar a árvore!
Mas o tiro saiu pela culatra. Nós nunca mais chupamos mangas daquela mangueira. Nunca mais mesmo! Dona Tina ficou irritada com as coisas que eu disse a respeito dela durante o protesto. Berrou para a vizinhança toda ouvir que se arrependeu amargamente de ter plantado a mangueira e falou ainda que, se pudesse, plantaria era a mão na minha orelha!
A notícia boa é que o pé de manga não foi derrubado. Os bichos não ficaram sem lar, o ar não perdeu oxigênio… A ruim é que tudo não passou de boato. Ninguém jamais quis destruir a árvore. Dá pra acreditar? Veja que mico. Ah, por falar nisso, tem mesmo um mico morando lá nas alturas. O danado vive bem. Chupa manga que só vendo! Quem sabe não pinta uma amizade e ele arremessa de lá umas frutinhas pra gente?! Porque manga, de agora em diante, só assim.
Descobri que espírito ecológico não combina com fofoca.
Pedro Antônio de Oliveira. Do livro “Uma história, uma lorota… e fiquei de boca torta!”
Disponível em: <https://cienciahoje.periodicos.capes.gov.br/storage/acervo/chc/chc_197.pdf>. (Com corte).
Questões
Questão 1 – O texto acima é do gênero:
( ) conto.
( ) crônica.
( ) reportagem.
Questão 2 – Identifique o fato sobre o qual se desenrola o texto:
Questão 3 – Em “[…] eu a avistava: linda, exuberante e charmosa.”, os adjetivos caracterizam:
Questão 4 – Na parte “As chuvas do fim de tarde, muitas vezes, aprontavam […]”, o autor empregou uma palavra com sentido figurado. Qual palavra?
Questão 5 – Na passagem “Era bom…”, o autor expressa uma opinião sobre o quê?
Questão 6 – Grife a seguir o vocábulo que inicia a comparação feita pelo autor:
“Corri como foguete pra chamar a turma.”
Questão 7 – O trecho “Fomos pra debaixo da mangueira.” narra, descreve ou argumenta?
Questão 8 – Na frase “Fiz discurso inflamado, precisava ver, com direito a lágrimas e à voz rouca pra causar emoção.”, há um termo que exprime a ideia de soma. Localize-o:
Questão 9 – O autor revela que nunca mais puderam chupar as mangas daquele pé. Por quê?
Questão 10 – Na pergunta “Dá pra acreditar?”, a que o autor se refere?
Por Denyse Lage Fonseca
Formada em Letras e especialista em educação.