Interpretação do texto “Meu ideal seria escrever – Rubem Braga”, para alunos do quinto ou sexto ano do ensino fundamental.
Esta atividade de português está disponível para download em modelo editável do Word, em PDF pronto para impressão e também a atividade respondida.
Baixe este exercício de português em:
- Word: Interpretação de texto: Meu ideal seria escrever – Modelo editável
- PDF: Interpretação de texto: Meu ideal seria escrever – Pronta para imprimir
- Respostas: Interpretação de texto: Meu ideal seria escrever – Com respostas
ESCOLA: DATA:
PROF: TURMA:
NOME:
Atividade de interpretação de texto
MEU IDEAL SERIA ESCREVER…
Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais engraçada!” E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa (que não sai de casa), enlutada (profundamente triste), doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!”
Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada como o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má-vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.
Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera, a minha história chegasse – e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário ((autoridade policial) do distrito (divisão territorial em que se exerce autoridade administrativa, judicial, fiscal ou policial), depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse – “por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!” E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa (habitante da antiga Pérsia, atual Irã), na Nigéria (país da África), a um australiano, em Dublin (capital da Irlanda), a um japonês, em Chicago – mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou (introduziu-se lentamente em) por acaso até nosso conhecimento; é divina.”
E quando todos me perguntassem – “mas de onde é que você tirou essa história?” – eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito contar uma história…”
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.
Rubem Braga
INTERPRETAÇÃO DO TEXTO
1) Qual é o título do texto?
R:
2) Quem é o autor?
R:
3) Qual motivo levou o autor a querer escrever uma história engraçada?
R:
4) Qual é a cor da casa da moça. Explique o motivo desta cor.
R:
5) Por quê as características do raio de sol se opõem as da moça? Cite algumas características opostas.
R:
6) Em sua opinião o que significa a oração “que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria”?
R:
7) Qual foi a história inventada por Rubem Braga para alegrar e comover as pessoas?
R:
8) Quais os tipos de histórias mais sensibilizam as pessoas, engraçadas ou dramáticas? Justifique.
R:
9) Quantos parágrafos tem o texto?
R:
10) Qual é o tema do texto?
R:
35 comentários
Só faltou colocar as respostas. A atividade está ótima, mas seria muito bom as respostas também, para nós professores exercitar também…
você tem razão, as atividades mais recentes já estão com as respostas, assim que tivermos tempo iremos colocar a resposta em todas atividades.
muito bom, daora mano
Olá Victor!
Muito obrigada pelo seu comentário!
Volte sempre!
Equipe Acessaber.
também achei luan e somos charás
😀
Se você é professor realmente, precisa de respostas de uma atividade de sexto ano??? Faça-me o favor!
eu quero respostas
Olá Andressa!
As respostas estão acima do cabeçalho.
Equipe Acessaber.
Eu gostei muito me ajudou , na prova!
muito bom
também gostei
Olá Silas!
Obrigada pelo seu comentário.
Volte sempre!
Equipe Acessaber.
não ajudou muito porque as respostas estão todas no texto é só ler que acerta as questões
Vanessa, a ideia é essa.
esse site me ajudou muito!!!
Olá Pedro!
Ficamos muito contentes que nossas atividades te ajudem.
Volte sempre!
Equipe Acessaber.
A resposta básica consiste em que o autor do texto gostaria de poder escrever algo que tornasse felizes as pessoas em geral, no mundo todo, especialmente a moça triste, reclusa e doente da casa cinzenta próxima, cor essa que estaria a refletir o estado de espírito da jovem, quando o esperado seria que esta pudesse estar alegre e ternamente quente, como um raio de sol.
Tenho que começar a estudar cada coisa tem a sua hora e estudar é o mais importante e os outros tem que ficar para depois tem a hora de brincar,comer,ajudar a mae e o principal estudar.Pensem no que eu estou falando .
Parabéns pelas atividades! Foram eficientes,claras, além de trabalhar os descritores. Adorei conhecer esse blog!
Olá Adriana, que bom que você gostou do site, tentamos colaborar o máximo possível. Continue visitando o site que todo dia tem conteúdo novo
Gostei muito, muito entesante más falta só uma coisa, falta das resposta para nós responder-mos mais tirando isso é muito interessante 🙂
A resposta está no link logo acima do cabeçalho da atividade
muito bom
Olá Victor!
Que bom que você gostou.
Volte sempre!
Equipe Acessaber.
otimo
Olá Marcus!
Muito obrigada pela presença no Acessaber!
Volte sempre!
Equipe Acessaber.
Ótimo amei e todas as resposta estão em outro link não vê quem não quer!
Olá Rayane!
Muito obrigada pelo seu apoio!
Volte sempre!
Equipe Acessaber.
muito bom mas se fosse mas um pouco mais dificio me ajudaria melhor na prova mas para quem é do quinto e sexto ano esta ótimo.
Olá Fabyo!
Ficamos felizes que você tenha gostado das nossas atividades. As atividades propostas levam em conta que existem alunos com diversas níveis de desenvolvimento. Se esta atividade está muito fácil, temos diversas atividades sobre o mesmo tema, você pode encontrar a que mais se adapta ao nível que procura.
Obrigada pelo seu comentário!
Equipe Acessaber.
adorei esse site é muito bom para ajudar quem tem dificuldades em interpretação
de texto
Olá Erik!
Muito nos lisonjeia e nos motiva a avaliação que você faz do Acessaber!
Agradecemos-lhe demais as suas palavras e a sua presença!
Volte sempre!
Equipe Acessaber.
Esse texto é muito lindo!!
A atividade está muito boa.
Parabéns.
Olá Silvania!
Ficamos felizes por ter você ter gostado da atividade!
Volte sempre!
Equipe Acessaber.