Atividade de interpretação de texto, voltada para os alunos do oitavo ano do ensino fundamental, sobre o Sertão nos pés. A que será que o autor do texto está se referindo? Às sandálias com símbolos do sertão em desfiles de moda, às sandálias que são compradas com frequência no sertão ou às sandálias que são confeccionadas com símbolos do sertão? Descubra, lendo o texto! Em seguida, não deixe de responder às variadas questões interpretativas propostas! Vamos lá?
Esta atividade de compreensão de texto está disponível para download em modelo editável do Word, pronta para imprimir em PDF e também com as respostas.
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O sertão nos pés
A profissão de seleiro está na alcunha de Espedito graças à tradição da família: aprendeu o ofício com seu pai, que aprendeu com o pai dele, o primeiro dos Seleiros na região do Cariri. Acontece, porém, que os vaqueiros começaram a rarear no sertão cearense, e a sela, gibão e instrumentos de montaria viraram coisa do passado. Há décadas, Espedito Seleiro, por batismo Espedito Velozo de Carvalho, tratou de reinventar a arte em couro. Percebeu que as mulheres eram vorazes consumidoras de sandálias e que as combinações de arabescos e cores não se esgotavam: “O pessoal mais sabido chama design, eu digo desenho colorido”.
O estilo das formas que desenha no couro renova a estética do cangaço e a identidade nordestina. “Me inspirei nos antigos clientes, tropeiros, vaqueiros e ciganos”, conta. Hoje, com uma linha de produção na pequenina Nova Olinda, a 500 quilômetros de Fortaleza, ele assegura: “Mesmo quando faço uma coisa parecida, boto uma diferença”. Verdadeiro ponto turístico na cidade, a oficina funciona com a mesma máquina de cortar couro que foi do pai de Espedito, Raimundo Seleiro. “Se a máquina falasse, contava a história bem melhor do que eu”, brinca o artesão. Os seis Seleiros da quarta geração também trabalham na loja-ateliê, que funciona desde as sete da manhã.
Ainda se veem por lá algumas peças de gibão, tapete e montaria, mas o carro-chefe são mesmo as sandálias – modelo Maria Bonita (feminina) ou modelo Lampião (masculina) –, além de carteiras e bolsas. Em um mural na parede, fotos e recortes de revistas mostram até aonde os calçados sertanejos já foram. Gente como a apresentadora Regina Casé e o cineasta Guel Arraes posa com o sertão nos pés. As peças aparecem em desfile da Cavalera, na São Paulo Fashion Week de 2004, e em filmes, como 2 Filhos de Francisco, de 2005. “Acho que se meu avô e meu pai vissem o que fizemos não iam acreditar”, conclui Espedito.
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Questões
Questão 1 – Pode-se afirmar que, quando emprega a expressão “O sertão nos pés”, o autor do texto faz referência:
( ) às sandálias com símbolos do sertão em desfiles de moda.
( ) às sandálias que são compradas com frequência no sertão.
( ) às sandálias que são confeccionadas com símbolos do sertão.
Questão 2 – No segmento “A profissão de seleiro está na alcunha de Espedito graças à tradição da família […]”, a expressão grifada indica:
( ) uma causa
( ) uma condição
( ) uma finalidade
Questão 3 – Na passagem “[…] o primeiro dos Seleiros na região do Cariri.”, o texto define:
( ) o Espedito.
( ) o pai do Espedito.
( ) o avô do Espedito.
Questão 4 – De acordo com o texto, a oficina do Espedito está localizada em:
( ) Nova Olinda
( ) Fortaleza
( ) São Paulo
Questão 5 – No trecho “Mesmo quando faço uma coisa parecida, boto uma diferença”, o verbo sublinhado está em linguagem:
( ) culta
( ) informal
( ) regional
Questão 6 – Na frase “Se a máquina falasse, contava a história bem melhor do que eu”, o artesão Espedito, em tom de brincadeira, exprime:
( ) um desejo
( ) uma sugestão
( ) uma suposição
Questão 7 – No fragmento “Gente como a apresentadora Regina Casé e o cineasta Guel Arraes posa com o sertão nos pés.”, a palavra “como” é usada para:
( ) indicar exemplos de pessoas famosas que posam com o sertão nos pés.
( ) fazer uma comparação entre pessoas famosas que posam com o sertão nos pés.
( ) estabelecer um contraste entre pessoas famosas que posam com o sertão nos pés.
Questão 8 – Explique o emprego das aspas no texto “O sertão nos pés”:
Por Denyse Lage Fonseca
Graduada em Letras e especialista em educação a distância.