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Interpretação de texto: A pedra no caminho – 9º ano

por Denyse Lage Fonseca

    Interpretação de texto, “A pedra no caminho”, direcionada aos estudantes do 9º ano. As questões propõem a reflexão acerca do tema abordado, bem como a análise de recursos linguísticos empregados na construção do texto.

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ESCOLA:                                                          DATA:

PROF:                                                              TURMA:

NOME:      

Leia este texto:

A pedra no caminho

    Conta-se a lenda de um rei que viveu num país além-mar há muitos anos. Ele era muito sábio e não poupava esforços para ensinar bons hábitos a seu povo. Frequentemente fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo que fazia era para ensinar o povo a ser trabalhador e cauteloso.

    – Nada de bom pode vir de uma nação – dizia ele – cujo povo reclama e espera que outros resolvam seus problemas. Deus dá as coisas boas da vida a quem lida com os problemas por conta própria.

    Uma noite, enquanto todos dormiam, ele pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois foi se esconder atrás de uma cerca, e esperou para ver o que acontecia.

    Primeiro veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que ele levava para moagem na usina.

    – Quem já viu tamanho descuido? – disse ele contrariadamente, enquanto desviava sua parelha e contornava a pedra. – Por que esses preguiçosos não mandam retirar essa pedra da estrada? – E continuou reclamando da inutilidade dos outros, mas sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra.

    Logo depois, um jovem soldado veio cantando pela estrada. A longa pluma do seu quepe ondulava na brisa, e uma espada reluzente pendia à sua cintura. Ele pensava na maravilhosa coragem que mostraria na guerra.

    O soldado não viu a pedra, mas tropeçou nela e se estatelou no chão poeirento. Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou a espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam largado uma pedra imensa na estrada. Então, ele também se afastou, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra.

    Assim correu o dia. Todos que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém a tocava.

    Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro por lá passou. Era muito trabalhadora, e estava cansada, pois desde cedo andava ocupada no moinho.

    Mas disse a si mesma: “Já está quase escurecendo, alguém pode tropeçar nesta pedra à noite e se ferir gravemente. Vou tirá-la do caminho.”.

    E tentou arrastar dali a pedra. Era muito pesada, mas a moça a empurrou, e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra.

    Ergueu a caixa. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres: “Esta caixa pertence a quem retirar a pedra.”.

    Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro.

    A filha do moleiro foi para casa com o coração feliz. Quando o fazendeiro e o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torno do local na estrada onde a pedra estava. Revolveram o pó da estrada com os pés, na esperança de encontrar um pedaço de ouro.

    – Meus amigos – disse o rei –, com frequência encontramos obstáculos e fardos no caminho. Podemos reclamar em alto e bom som enquanto nos desviamos deles se assim preferirmos, ou podemos erguê-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça.

    Então o sábio rei montou em seu cavalo e com um delicado boa noite retirou-se.

(Autor desconhecido. O Livro das Virtudes. Ed. Nova Fronteira, 1996).

 

Atividades

Questão 1 – Releia:

“Uma noite, enquanto todos dormiam, ele pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois foi se esconder atrás de uma cerca, e esperou para ver o que acontecia.”.

Com base nessa passagem, pode-se afirmar que o objetivo do rei era:

 

 

Questão 2 – Identifique o clímax da história:

 

 

Questão 3 – No plano metafórico, explique o que significa “a pedra no caminho”:

 

 

Questão 4 – Assinale a alternativa em que o termo grifado é retomado, no contexto da história, pelo termo entre colchetes:

a) “…que ele levava para moagem na usina.” [ um rei]

b) “…sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra.” [o soldado]

c) “…Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro.” [ a jovem]

d) “… enquanto desviamos deles se assim preferirmos…”. [empecilhos]

 

Questão 5 – Observe:

“[…] pegou a espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam largado uma pedra imensa na estrada.”

O advérbio sublinhado acima indica a circunstância de:

a) tempo                                

b) dúvida                                

c) modo                                  

d) lugar

 

Questão 6 – Pode-se afirmar que há no texto o predomínio de sequências do tipo:

a) narrativo

b) descritivo

c) argumentativo

d) injuntivo

 

Questão 7 – Observe:

Frequentemente fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis […]”.

Frequentemente = Com Frequência

a) “[…] disse ele contrariadamente, enquanto desviava sua parelha e contornava a pedra.”.

 

b) “[…] enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam largado uma pedra […]”.

 

c) “Já está quase escurecendo, alguém pode tropeçar nesta pedra à noite e se ferir gravemente.”.

 

 

Por Denyse Lage Fonseca
Graduada em Letras e especialista em educação a distância.

 

5 comentários

Edvânia Carvalho 22 de abril - 9:54

Texto bastante reflexivo!

Responder
Cleidinaldo 27 de outubro - 16:11

A questão dois não tem mais de uma opção certa?
E a última,não ficou claro pra mim o que se pede!

Responder
Denyse Lage Fonseca 7 de novembro - 20:33

Oi, Cleidinaldo!

Há apenas um clímax. Por isso, só há uma opção de resposta na questão 2. Em relação à ultima questão, você deve substituir o advérbio grifado pela locução adverbial correspondente. Para isso, apresenta-se um exemplo: advérbio “frequentemente” = locução adverbial “com frequência”.

Bom, espero ter esclarecido as suas dúvidas!

Muito obrigada pela presença!

Volte sempre ao “Acessaber”!

Denyse

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Keila 28 de fevereiro - 16:46

Boa tarde esse app é muito bom para nós que tem dificuldade para não terminar na sala de aula nem não sei que fez esse aplicativo mais e muito bom mesmo parabéns 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👸🏻nao sei
se foi uma se foi uma mulher ou um homem mais está de parabéns 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻 mesmo obrigada por este aplicativo que alguém fez parabéns obrigada 😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😊😚😏😚😏😚😏🤣😙😚😚😏 tá bom vamos para ao assunto já falei demais não e eu tô e dúvida na pergunta 1é2 se algum pude. Me ajuda por favor e para hoje obrigada mesmo parabéns 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻😊 👋🏻👋🏻👋🏻👋🏻👋🏻👋🏻👋🏻👋🏻👋🏻👋🏻👋🏻👋🏻👋🏻

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Biografia do autor 20 de abril - 17:50

Olá, me ajudou muito essa interpretação gostaria muito de aprender sobre o autor: Carlos Drummond de Andrade. Obrigada!

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