Atividade de interpretação de texto, dirigida aos alunos do sétimo ano, sobre A casa mal-assombrada. O autor volta à sua infância para narrar a história de uma casa que tinha fama de mal-assombrada… Ela ficava ao final de uma rua sem saída, que nem nome tinha… Nenhuma criança ousava passar por lá… Até que certo dia, ele acabou se deparando com a tal casa… Como foi isso? Ficou curioso (a) para saber a continuidade dessa história? Então, não deixe de ler o texto e, na sequência, responda às variadas questões interpretativas propostas!
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- Gabarito: Interpretação de texto: A casa mal-assombrada – 7º ano – Com resposta
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PROF: TURMA:
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Leia:
A casa mal-assombrada
Morava numa casa esquisita, no fim de uma rua que não leva a lugar nenhum. A casa tinha fama de ser mal-assombrada e a rua nem tinha nome. Diziam que ali houvera uma fazenda de café cujos escravos mataram todos os senhores da casa-grande e depois se mataram – antes que fossem mortos pelas forças da lei.
Lenda ou realidade, o fato é que nenhum menino se atrevia a passar por ali. Na infância mais profunda, todos os meus pesadelos tinham locação única e barata: era ali mesmo que os fantasmas da noite me esperavam para fazer das suas sem deixar que eu fizesse das minhas, que se resumiram em fugir – fuga impossível nas garras do sonho.
Até que um dia, vindo de uma aula de catecismo, decidi cortar caminho e fui dar num atalho que não conhecia. Quis voltar mas a curiosidade de conhecer o mundo me levou adiante. De repente, com pavor no peito e tremor nas pernas, estava diante da casa mal-assombrada.
Olhando bem, era uma casa igual às outras, tinha mangueiras ao lado e uma menina de franjinha na única janela aberta. Ela parecia admirada de ver alguém chegar ali.
Fiquei parado, um pouco pelo medo, um pouco pelo encantamento. Apesar da franjinha, a menina era tão bonita como os anjinhos que havia na igreja de Nossa Senhora da Guia.
Perguntou se eu queria alguma coisa. Não, não queria nada embora querendo tudo – tal como hoje, tantos anos depois.
Quis saber o meu nome, onde eu morava, o que fazia ali. Respondi com honestidade, a mesma com a qual, mais tarde, responderia aos formulários do imposto de renda: a verdade possível.
Depois do interrogatório, veio o convite inesperado: “Quer ser meu namorado?” Disse que sim. Prometi voltar no dia seguinte, embora sabendo que nunca mais botaria os pés naquele chão assombrado.
Creio que foi ali, também, que dobrei a esquina errada na vida. Nunca mais me pediram a mesma coisa. Desconfio que devia ter voltado.
Carlos Heitor Cony. “Crônicas para ler na escola”. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. p.71-2.
Questões
Questão 1 – O texto acima é:
( ) um conto sobre “A casa mal-assombrada”.
( ) uma crônica sobre “A casa mal-assombrada”.
( ) uma reportagem sobre “A casa mal-assombrada”.
Questão 2 – Segundo o narrador, a casa era considerada mal-assombrada porque:
( ) localizava-se em uma rua sem nome.
( ) localizava-se ao final de uma rua isolada.
( ) ali houvera uma fazenda em que os escravos mataram os senhores e depois se mataram.
Questão 3 – Cria-se um clima de suspense na passagem:
( ) “[…] era ali mesmo que os fantasmas da noite me esperavam para fazer das suas […]”
( ) “De repente, com pavor no peito e tremor nas pernas, estava diante da casa […]”
( ) “Perguntou se eu queria alguma coisa.”
Questão 4 – Aponte o segmento em que o narrador expõe uma opinião:
( ) “Fiquei parado, um pouco pelo medo, um pouco pelo encantamento.”
( ) “Não, não queria nada embora querendo tudo […]”
( ) “Creio que foi ali, também, que dobrei a esquina errada na vida.”
Questão 5 – Em “Respondi com honestidade […]”, a expressão grifada indica:
( ) o lugar onde o narrador respondeu à menina.
( ) o modo com que o narrador respondeu à menina.
( ) o tempo com que o narrador respondeu à menina.
Questão 6 – No trecho “Nunca mais me pediram a mesma coisa.”, a que o narrador se refere?
Questão 7 – Na parte “Olhando bem, era uma casa igual às outras […]”, o narrador:
( ) faz uma crítica.
( ) levanta uma hipótese.
( ) estabelece uma comparação.
Questão 8 – Pode-se afirmar que o final da história:
( ) rompe com a expectativa do leitor.
( ) mostra-se incompreensível ao leitor.
( ) está dentro do que o leitor esperava.
Por Denyse Lage Fonseca – Graduada em Letras e especialista em educação a distância.
2 comentários
Gostaria de ter mais contos ou histórias de assombração gostei dessa que eu li achei interessante
Olá, Maria!
Que bom que gostou!
Agradecemos a presença, a sugestão e o comentário!
Volte sempre!
Denyse