Interpretação de texto: A bolsa amarela – 4º ano

    Interpretação de texto, direcionada aos alunos do quarto ano do ensino fundamental, com questões sobre o texto: A bolsa amarela.

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ESCOLA:                                                          DATA:

PROF:                                                              TURMA:

NOME: 

 

A bolsa amarela

    Meu irmão chegou em casa com um embrulhão. Gritou da porta:
    – Pacote da tia Brunilda!
    Todo mundo correu, minha irmã falou:
    – Olha como vem coisa.
    Rebentaram o barbante, rasgaram o papel, tudo se espalhou na mesa. Aí foi aquela confusão:
    – O vestido vermelho é meu.
    – Ih, que colar bacana! Vai combinar com o meu suéter.
    – Vê se veio alguma camisa do tio Júlio pra mim.
    – Que sapato alinhado, ta com jeito de ser meu número.
    Eu fico boba de ver como a tia Brunilda compra roupa. Compra e enjoa. Enjoa tudo: vestido, bolsa, sapato, blusa. Usa três, quatro vezes e pronto: enjoa. Outro dia eu perguntei:
    – Se ela enjoa tão depressa, pra que ela compra tanto? É pra poder enjoar mais?
    Ninguém me deu bola. Não parava de sair coisa do pacote. Minha mãe falou:
    – Que boazinha que é a Brunilda: sabe como a gente vive apertada e cada vez manda mais roupa.
    Eu parei de fazer o dever e fiquei espiando. Vi aparecer uma bolsa; todo mundo pegou, examinou, achou feia e deixou pra lá. Antes, quando chegavam os pacotes da tia Brunilda e não sobrava nada pra mim, eu ficava numa chateação daquelas. E se eu pedi qualquer coisa o pessoal falava logo:
    – Ora Raquel, a tia Brunilda só manda roupa de gente grande, não serve pra você.
    Aí aconteceu uma coisa diferente: de repente sobrou uma coisa pra mim.
    – Toma, Raquel, fica pra você.
    Era a bolsa. Era amarela. Achei isso genial: pra mim amarelo é a cor mais bonita que existe. Mas não era um amarelo sempre igual: às vezes era forte, mas depois ficava fraco; não sei se porque ele já tinha desbotado um pouco, ou porque já nasceu assim mesmo, resolvendo que ser sempre igual é muito chato. Não sei o nome da fazenda que fez a bolsa amarela. Mas era uma fazenda grossa, e se a gente passava a mão arranhava um pouco. Olhei bem de perto e vi os fios da fazenda passando um por cima do outro; mas direitinho; sem fazer bagunça nem nada. Achei legal. Mas o que eu ainda achei mais legal foi ver que a fazenda esticava: “vai dar pra guardar um bocado de coisa aí dentro”.

Lygia Bojunga Nunes
Livraria Agir Ed., Rio de Janeiro

Questões

1) Qual o título do texto?
R.

2) Por que o pacote da tia Brunilda causou tanta agitação?
R.

3) Por que sobra tanta roupa na casa da tia Brunilda?
R.

4) Qual a reação da família ao ver a bolsa?
R.

5) Quando chegavam os pacotes da tia Brunilda, por que nunca tinha nada para a menina?
R

 

Por Camila Farias.

camila pereira de farias:
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