Atividade de português, voltada para os alunos do nono ano do ensino fundamental, propõe o estudo dos pronomes pessoais, empregados no fragmento do texto Memória de livros, de João Ubaldo Ribeiro.
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Leia:
Memória de livros
Não sei bem dizer como aprendi a ler. A circulação entre os livros era livre (tinha que ser, pensando bem, porque eles estavam pela casa toda, inclusive na cozinha e no banheiro), de maneira que eu convivia com eles todas as horas do dia, a ponto de passar tempos enormes com um deles aberto no colo, fingindo que estava lendo e, na verdade, se não me trai a vã memória, de certa forma lendo, porque quando havia figuras, eu inventava as histórias que elas ilustravam e, ao olhar para as letras, tinha a sensação de que entendia nelas o que inventara. Segundo a crônica familiar, meu pai interpretava aquilo como uma grande sede de saber cruelmente insatisfeita e queria que eu aprendesse a ler já aos quatro anos, sendo demovido a muito custo, por uma pedagoga amiga nossa. Mas, depois que completei seis anos, ele não aguentou, fez um discurso dizendo que eu já conhecia todas as letras e agora era só uma questão de juntá-las e, além de tudo, ele não suportava mais ter um filho analfabeto. […]
João Ubaldo Ribeiro. “Um brasileiro em Berlim”. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.
Questões
Questão 1 – “Não sei bem dizer como aprendi a ler.”. Identifique o pronome pessoal omitido nessa passagem do texto:
Questão 2 – De que modo foi possível identificar o pronome omitido?
Questão 3 – Grife no trecho a seguir os pronomes pessoais que retomam “os livros”:
“A circulação entre os livros era livre (tinha que ser, pensando bem, porque eles estavam pela casa toda, inclusive na cozinha e no banheiro), de maneira que eu convivia com eles […]”
Questão 4 – Em “[…] eu inventava as histórias que elas ilustravam […]”, o pronome pessoal “elas” substitui, considerando-se o contexto:
a) figuras
b) histórias
c) letras
d) memórias
Questão 5 – “[…] agora era só uma questão de juntá-las […]”. Localize o referente do pronome pessoal do caso oblíquo em destaque nessa parte do texto:
Por Denyse Lage Fonseca – Graduada em Letras e especialista em educação a distância.
As respostas estão no link acima do cabeçalho.