Interpretação de texto: Ícaro – 7º ano

    Atividade de interpretação de texto, voltada para os alunos do sétimo ano do ensino fundamental, sobre o Ícaro. Trata-se de uma história presente em “O livro de ouro da mitologia”, escrito por Thomas Bulfinch. O referido texto conta que Dédalo foi aprisionado em uma torre por desagrado do rei Minos… Ele conseguiu escapar da prisão, mas a saída da ilha só seria possível pelo ar… Desse modo, ele construiu asas para ele e o seu filho Ícaro. Será que eles conseguiram a liberdade? Descubra, lendo o texto! Na sequência, não deixe de responder às variadas questões interpretativas propostas!

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ESCOLA:                                                          DATA:

PROF:                                                              TURMA:

NOME: 

Leia:

Ícaro

    Dédalo construiu o labirinto para Minos, mas, depois, caiu no desagrado do rei e foi aprisionado em uma torre. Conseguiu fugir da prisão, mas não podia sair da ilha por mar, pois o rei mantinha severa vigilância sobre todos os barcos que partiam e não permitia que nenhuma embarcação zarpasse antes de ser rigorosamente revistada.

    “Minos pode vigiar a terra e o mar, mas não o ar” – disse Dédalo. “Tentarei esse caminho.”

    Pôs-se, então, a fabricar asas para ele próprio e para seu jovem filho, Ícaro. Uniu as penas, começando das menores e acrescentado as maiores, de modo a formar uma superfície crescente. Prendeu as penas maiores com fios e as menores com cera e deu ao conjunto uma curvatura delicada, como as asas das aves. O menino Ícaro, de pé, ao seu lado, contemplava o trabalho, ora correndo para ir apanhar as penas que o vento levava, ora modelando a cera com os dedos e prejudicando, com seus folguedos, o trabalho do pai. Quando, afinal, o trabalho foi terminado, o artista, agitando as asas, viu-se flutuando e equilibrando-se no ar. Em seguida, equipou o filho da mesma maneira e ensinou-o a voar, como a ave ensina ao filhote, lançando-o ao ar, do elevado ninho.

    – Ícaro, meu filho – disse, quando tudo ficou pronto para o voo -, recomendo-te que voes a uma altura moderada, pois, se voares muito baixo, a umidade emperrará tuas asas e, se voares muito alto, o calor as derreterá. Conserva-te perto de mim e estarás em segurança.

    Enquanto dava essas instruções e ajustava as asas aos ombros do filho, Dédalo tinha o rosto coberto de lágrimas e suas mãos tremiam. Beijou o menino, sem saber que era pela última vez, depois, elevando-se em suas asas, voou, encorajando o filho a fazer o mesmo e olhando para trás, a fim de ver como o menino manejava as asas. Ao ver os dois voarem, o lavrador parava o trabalho para contemplá-los e o pastor apoiava-se no cajado, voltando os olhos para o ar, atônitos ante o que viam, e julgando que eram deuses aqueles que conseguiam cortar o ar de tal modo.

    Os dois haviam deixado Samos e Delos à esquerda e Lebintos à direita, quando o rapazinho, exultante com o voo, começou a abandonar a direção do companheiro e a elevar-se para alcançar o céu. A proximidade do ardente sol amoleceu a cera que prendia as penas e estas desprenderam-se. O jovem agitava os braços, mas já não havia penas para sustentá-lo no ar. Lançando gritos dirigidos ao pai, mergulhou nas águas azuis do mar que, de então para diante, recebeu o seu nome.

    – Ícaro, Ícaro, onde estás? – gritou o pai.

    Afinal, viu as penas flutuando na água e, amargamente, lamentando a própria arte, enterrou o corpo e denominou a região Icária, em memória ao filho. Dédalo chegou são e salvo à Sicília, onde ergueu um templo a Apolo, lá depositando as asas, que ofereceu ao deus.

Thomas Bulfinch. “O livro de ouro da mitologia”. Rio: Ed. Tecnoprint, 1965, p. 174-6.

 

Questões

Questão 1 – Pode-se afirmar que o texto lido é:

(     ) um mito

(     ) um conto

(     ) uma lenda

 

Questão 2 – Segundo o narrador, Dédalo foi aprisionado em uma torre porque:

(     ) “construiu o labirinto para Minos”.

(     ) “caiu no desagrado do rei”.

(     ) “conseguiu fugir da prisão”.

 

Questão 3 – Em “Tentarei esse caminho.”, a que caminho Dédalo se refere?

(     ) à terra.

(     ) ao mar.

(     ) ao ar.

 

Questão 4 – No segmento “[…] ora correndo para ir apanhar as penas que o vento levava, ora modelando a cera com os dedos […]”, a palavra “ora” exprime:

(     ) a soma das ações do menino Ícaro.

(     ) um contraste entre as ações do menino Ícaro.

(     ) uma alternância entre as ações do menino Ícaro.

 

Questão 5 – Na passagem “[…] ensinou-o a voar, como a ave ensina ao filhote […]”, o narrador da história usou o termo “como” para:

(     ) dar um exemplo.

(     ) indicar uma causa.

(     ) fazer uma comparação.

 

Questão 6 – Dédalo recomendou ao filho Ícaro que voasse a uma altura moderada. Por quê?

 

 

Questão 7 – Na parte “Enquanto dava essas instruções e ajustava as asas aos ombros do filho, Dédalo tinha o rosto coberto de lágrimas […]”, a palavra sublinhada indica:

(     ) lugar

(     ) modo

(     ) tempo

 

Questão 8 – Na frase “[…] quando o rapazinho, exultante com o voo […]”, o adjetivo grifado poderia ser substituído por:

(     ) “feliz”

(     ) “esfuziante”

(     ) “empolgado”

 

Questão 9 – O voo de Ícaro começa a se complicar quando:

(     ) ele se eleva rumo ao céu.

(     ) ele se aproxima do sol ardente.

(     ) ele mergulha nas águas azuis do mar.

 

Questão 10 – Em “[…] mas já não havia penas para sustentá-lo no ar.”, o termo “lo” retoma:

(     ) “o rapazinho”

(     ) “o companheiro”

(     ) “O jovem”

 

Questão 11 – No fragmento “[…] lamentando a própria arte, enterrou o corpo […]”, o verbo grifado foi empregado para expressar:

(     ) uma ação contínua.

(     ) uma ação concluída.

(     ) uma ação em realização.

 

Questão 12 – As aspas usadas no texto destacam:

(     ) falas de Dédalo.

(     ) falas de Minos.

(     ) falas de Ícaro.

 

Questão 13 – No final do texto, o vocábulo “onde” aponta para um lugar. Assinale-o:

(     ) a região Icária.

(     ) a Sicília.

(     ) o templo de Apolo.

 

 

Por Denyse Lage Fonseca

Graduada em Letras e especialista em educação a distância.

Denyse Lage Fonseca:
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